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Mai 09
publicado por aquiagorasempre, às 09:22link do post | comentar | ver comentários (10)











































































































Gustave Doré(1832-1883),ilustrou no século XIX "A Divina Comédia" de Dante,com tais requintes de beleza e perfeição,que muito poucos depois dele se atreveram a ilustrar o poema.Suas imagens impactam além da perfeição do traço.Todo o horror do inferno de Dante está refletido nelas,com seu clima soturno,de desespero e desilusão,com um Dante sempre agarrado a Virgílio,sempre com uma expressão de pavor quase inexprimível no olhar.Mais que ninguém,Doré soube literalmente colocar no papel toda a força da obra de Dante,todo o padecimento insuportável dos pecadores dantescos,em um mundo além da imaginação.Suas imagens do paraíso estão cheia de formas diáfanas e coros de anjos,já há anos luz dos pavores infernais.Um dos maiores desenhistas de todos os tempos,sem dúvida.













05
Mar 09
publicado por aquiagorasempre, às 10:55link do post | comentar

Nel mezzo del cammin de nostra vita
-A meio caminho de nossa vida
mi ritrovai per una selva oscura,
-fui me encontrarem uma selva escura:
ché la diritta via era smarrita.
-estava a reta minha via perdida.

Ahi quanto a dir qual era è cosa dura
-Ah!que a tarefa de narrar é dura
esta selva selvaggia e aspra e forte
-essa selva selvagem,rude e forte,
che nel pensier rinova la paura!
-que volve o medo à mente que a figura.

Tant'è amara che poco è piu morte:
-De tão amarga ,pouco mais lhe é a morte,
ma per trattar del ben ch'i'vi trovai,
-mas,para tratar do bem que enfim lá achei,
dirò de l'altre cose ch'i'v'ho scorte.
-direi do mais que me guardava a sorte.

Io non so ben ridir com'i'v'intrai,
-Como lá fui parar dizer não sei;
Tant'era pien di sonno a quel punto
-tão tolhido de sono me encontrava,
che la verace via abbandonai.
-que a verdadeira via abandonei.

Ma poi ch'i'fui al piè d'un colle giunto,
-Mas quando ao pé de um monte eu já chegava,
lá dove terminava quella valle
-tendo o fim desse vale à minha frente,
che m'avea di paura il cor compunto,
que o coração de medo me cerrava,

guardai in alto,e vidi le sue spalle
-olhei para o alto e vi a sua vertente
vestite già de'raggi del pianetta
-vestida já dos raios do planeta
che mena dritto altrui per ogne calle
-que certo guia por toda estrada a gente.

Allor fu la paura un poco queta,
-Tornou-se a minha angústia então mais quieta
che nel lago del cor m'era durata
-que no lago do coração guardara
la notte ch'i'passai con tanta pieta.
-toda essa noite de pavor repleta.

E come quei che con lena affannata,
-E como aquele que ofegando vara
uscito fuor del pelago a la riva,
-o mar bravio e,da praia atingida,
si volge a l'acqua perigliosa e guata,
-volta-se a onda perigosa,e a encara,

cosí l'animo mio,ch'ancor fuggiva,
-minha mente,nem bem de lá fugida,
si volse a retro a rimitar lo passo
-voltou-se a remirar o horrendo passo
che non lasciò già mai persona viva.
-que pessoa alguma já deixou com vida.

Poi ch'ei posato un poco il corpo lasso,
-Após pousar um pouco o corpo lasso,
ripresi via per la piaggia diserta,
-me encaminhei,pela encosta deserta,
sí che'l piè fermo sempre era'l piú basso.
-co'o pé firme mais baixo a cada passo.

(Tradução de Italo Eugenio Mauro)

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