Esta é a luz da mente,fria e planetária.
As árvores da mente são negras.A luz,azul,azul.
Gramados descarregam suas mágoas em meus pés como se eu fosse Deus,
Arranhando meus tornozelos,murmurando sua humildade.
Névoas vaporosas e espirituais habitam este lugar.
Separado de minha casa por uma fileira de lápides.
Simplesmente não posso ver onde vão dar.
A lua não tem porta.É uma face em seu pleno direito,
Branca como os nós dos dedos,terrivelmente incomodada.
Arrasta o mar atrás de si como um crime sujo;está quieta,
A boca aberta em total desespero.Moro aqui.
Duas vezes aos domingos os sinos assustam os céu-
Oito grandes línguas afirmam a Ressurreição.
E no final,sobriamente ,badalam seus nomes.
O teixo aponta para o alto.Tem força gótica.
Os olhos se elevam e encontram a lua.
A lua é minha mãe.Não é doce como Maria.
Suas vezes azuis libertam pequenos morcegos e corujas.
Se eu ainda acreditasse na ternura-
O rosto da efígie,suavizado por velas,
Derramando,sobre mim,seus olhos meigos.
Tenho caído pelo caminho.Nuvens florescem
Azuis e místicas sobre a face das estrelas.
Na igreja,os santos serão todos azuis,
Flutuando sobre bancos frios com delicados pés,
Suas mãos e pés duras de santidade.
A lua não vê nada disto.É calva e selvagem.
E a mensagem do teixo é escuridão-escuridão e silêncio.
(Tradução de Rodrigo Garcia Lopes e Maria Cristina Lenz de Macedo)
As árvores da mente são negras.A luz,azul,azul.
Gramados descarregam suas mágoas em meus pés como se eu fosse Deus,
Arranhando meus tornozelos,murmurando sua humildade.
Névoas vaporosas e espirituais habitam este lugar.
Separado de minha casa por uma fileira de lápides.
Simplesmente não posso ver onde vão dar.
A lua não tem porta.É uma face em seu pleno direito,
Branca como os nós dos dedos,terrivelmente incomodada.
Arrasta o mar atrás de si como um crime sujo;está quieta,
A boca aberta em total desespero.Moro aqui.
Duas vezes aos domingos os sinos assustam os céu-
Oito grandes línguas afirmam a Ressurreição.
E no final,sobriamente ,badalam seus nomes.
O teixo aponta para o alto.Tem força gótica.
Os olhos se elevam e encontram a lua.
A lua é minha mãe.Não é doce como Maria.
Suas vezes azuis libertam pequenos morcegos e corujas.
Se eu ainda acreditasse na ternura-
O rosto da efígie,suavizado por velas,
Derramando,sobre mim,seus olhos meigos.
Tenho caído pelo caminho.Nuvens florescem
Azuis e místicas sobre a face das estrelas.
Na igreja,os santos serão todos azuis,
Flutuando sobre bancos frios com delicados pés,
Suas mãos e pés duras de santidade.
A lua não vê nada disto.É calva e selvagem.
E a mensagem do teixo é escuridão-escuridão e silêncio.
(Tradução de Rodrigo Garcia Lopes e Maria Cristina Lenz de Macedo)